Você sabe o que é exploit e como esse malware funciona? Trata-se de um programa ou código criado para aproveitar falhas de segurança e vulnerabilidade de sistemas para executar ações indesejadas ou não permitidas.
Esse programa pode ser utilizado para as mais diversas finalidades, como roubar informações confidenciais, comprometer a integridade de um sistema, interromper serviços online, realizar ataques de negação de serviço (DDoS), espionagem cibernética, etc.
Leia o nosso artigo e entenda o que é exploit, como ele opera, principais tipos e como prevenir a sua empresa de ser atacada por essa modalidade de ação criminosa. Confira!
O Que É Exploit?
O exploit é definido como um software, um pedaço de dados, código ou uma sequência de comandos desenvolvido para que hackers se aproveitem de vulnerabilidades ou falhas de segurança em um sistema para executar ações não autorizadas.
Como mencionamos no início deste artigo, essas ações podem incluir, por exemplo, a obtenção de acesso não autorizado a um sistema, tomar controle total sobre ele, ou mesmo provocar danos ao sistema ou aos dados armazenados de uma organização.
Exploit é Malware ?
Não, um exploit não é, por si só, um malware, mas é frequentemente associado a malwares dentro do contexto de ataques cibernéticos.
Diferença entre Exploit e Malware
- Exploit: É um software, scripts ou ferramenta que aproveita vulnerabilidades em outros softwares. Ele por si só não constitui um software malicioso; seu papel é abrir o caminho para a execução de operações não autorizadas, normalmente ao permitir a execução de código por parte de um atacante.
- Malware: É um software projetado especificamente para executar ações maliciosas em um sistema, como vírus, worms, trojans, ransomware, entre outros. O malware pode usar um ou mais exploits como parte de seu método de infiltração ou propagação, mas ele possui um código malicioso que causa danos ou rouba dados.
Quais Os Tipos De Exploit?
Os exploits podem ser classificados com base em vários critérios, incluindo o tipo de vulnerabilidade que eles exploram, o método de entrega, ou a fase de interação com o sistema. Aqui estão alguns dos tipos mais comuns de exploits:
- Exploits de Dia Zero (Zero-Day) – Exploram vulnerabilidades que ainda não são conhecidas pelo público ou pelos fabricantes de software. Não existem correções disponíveis no momento da exploração, o que os torna particularmente perigosos.
- Exploits de Execução Remota de Código (RCE) – Permitem que o atacante execute código arbitrário em um sistema remoto. Esses são alguns dos exploits mais graves, pois podem permitir o controle total de um sistema afetado.
- Exploits de Estouro de Buffer (Buffer Overflow) – Aproveitam as falhas de segurança causadas por operações de software que escrevem mais dados em um buffer (área de armazenamento temporário) do que ele pode armazenar. Isso pode permitir a execução de código malicioso ou corromper dados.
- Exploits de Elevação de Privilégio – Usados para ganhar privilégios mais elevados em um sistema do que os originalmente concedidos, frequentemente alcançando o nível de administrador ou root. Isso permite que um atacante execute ações restritas ou acesse dados sensíveis.
- Exploits de Cross-Site Scripting (XSS) – Visam aplicações web, permitindo que um atacante injete scripts maliciosos em páginas web vistas por outros usuários. Isso pode ser usado para roubar informações como cookies de sessão ou para defraudar usuários.
- Exploits de SQL Injection – Exploram vulnerabilidades em aplicações que fazem consultas a bases de dados SQL sem sanitização adequada das entradas do usuário. Isso permite que atacantes manipulem consultas SQL para acessar ou modificar dados ilegalmente.
- Exploits de Denegação de Serviço (DoS) – Projetados para sobrecarregar recursos de sistemas ou redes, tornando-os indisponíveis para os usuários legítimos. DDoS (Distributed Denial of Service) é uma variante que utiliza múltiplas fontes para a execução do ataque.
- Exploits de Man-in-the-Middle (MitM) – Interceptam e potencialmente alteram a comunicação entre duas partes sem que ambas saibam que a conversa está sendo interceptada. Isso pode ocorrer em redes não seguras, como Wi-Fi público.
- Exploits de Inclusão de Arquivos (Local e Remoto) – Exploram vulnerabilidades em aplicações web que permitem a um atacante incluir arquivos locais ou remotos. No caso de inclusão local de arquivos, o exploit permite executar scripts no servidor. Na inclusão remota de arquivos, o atacante pode fazer o servidor baixar e executar um script de uma localização remota.
Como Exploits Se Aproveitam De Vulnerabilidades De Sistemas?
Os exploits exploram vulnerabilidades em sistemas de computadores para obter acesso não autorizado, causar danos ou realizar outras atividades prejudiciais.
Aqui estão algumas maneiras comuns de como os exploits se aproveitam de vulnerabilidades nos sistemas:
Injeção de Código: Os exploits podem inserir códigos maliciosos em sistemas vulneráveis, explorando falhas em aplicações web, bancos de dados ou outros softwares para executar comandos indesejados.
Exploração de Buffer Overflow: Nesse tipo de ataque, os exploits sobrecarregam a memória do sistema com dados além do limite permitido, o que pode levar à execução de códigos maliciosos.
Ataques de Engenharia Social: Os exploits podem se aproveitar de vulnerabilidades humanas, como a falta de conscientização de segurança, para enganar os usuários e obter acesso não autorizado.
Exploração de Vulnerabilidades Conhecidas: Os exploits podem ser desenvolvidos para explorar brechas de segurança já identificadas em sistemas que não foram corrigidas por meio de patches ou atualizações.
O Que São Ataques Com Kit De Exploit?
Como já mencionamos, os exploits podem ser utilizados por meio de kit, que operam
de maneira automatizada, buscando e explorando vulnerabilidades em sistemas operacionais, navegadores e aplicativos.
Esses kits de exploits são ferramentas que permitem que até mesmo indivíduos com conhecimento técnico limitado realizem ataques cibernéticos sofisticados.
Nesse caso, eles são distribuídos ou vendidos na dark web, onde criminosos virtuais podem acessá-los para lançar uma variedade de ataques, desde a instalação de malware até o roubo de informações confidenciais
Quais Os Kits De Exploits Mais Conhecidos?
Os exploits mais conhecidos, atualmente, são os exploits de rede, dia zero, aplicações web, sistemas operacionais e navegadores.
Confira:
Kits de Exploits para Navegadores
Os kits de exploits para navegadores são conjuntos de ferramentas que exploram vulnerabilidades em navegadores,como Google Chrome, Mozilla Firefox e Microsoft Edge.
Sendo assim, ele permite a execução de ações maliciosas nos dispositivos dos usuários, como instalar malware ou roubar informações pessoais.
Kits de Exploits para Sistemas Operacionais
Já os kits de exploits para sistemas operacionais são métodos que visam vulnerabilidades em sistemas operacionais, como Windows, macOS e Linux, para a obtenção de acesso não autorizado ou controlar o sistema e empresas e organizações.
Kits de Exploits para Aplicações Web
Os kits de exploits para aplicações web são desenvolvidos para explorar vulnerabilidades em aplicativos da web, como WordPress, Joomla, Drupal, etc.
Eles buscam por falhas específicas nas aplicações web para executar código malicioso, comprometer a segurança do sistema ou obter acesso não autorizado aos dados do aplicativo.
Kits de Exploits de Dia Zero
Por outro lado, os kits de exploits de dia zero são programas criados para explorar as vulnerabilidades recém-descobertas que ainda não foram corrigidas pelos desenvolvedores.
Eles são muito usados por hackers em razão da sua capacidade de contornar medidas de segurança existentes, sendo adotados em ataques cibernéticos mais robustos e complexos.
Kits de Exploits de Rede
Por sua vez, os kits de exploits de rede são códigos que visam explorar dispositivos de rede, como roteadores e firewalls, para interceptar tráfego ou realizar ataques de negação de serviço.
Estes kits possuem exploits criados para comprometer dispositivos de rede e possibilitar que invasores promovam atividades maliciosas, como interceptar o tráfego de rede, redirecionar usuários para sites maliciosos ou realizar ataques de negação de serviço.
Como Os Ataques De Exploit Funcionam?
O funcionamento de um exploit envolve, de forma geral, a detecção de uma vulnerabilidade em um sistema operacional, aplicativo ou protocolo de rede.
A partir disso, é criado um software específico que consiga explorar essa vulnerabilidade de maneira eficaz.
Além disso, há ainda a possibilidade de comprar kits prontos de exploit, o que permite explorar vulnerabilidade de sistemas sem mesmo ser um hacker.
Com isso, o exploit é executado no sistemas, podendo realizar uma série de ações dependendo da natureza do exploit e dos objetivos da ação.
Como Fazer A Prevenção De Exploits?
Para prevenir a sua empresa contra os ataques por exploits, é preciso que sua equipe de TI adote as seguintes abordagens. Confira:
Mantenha o Sistema Sempre Atualizado
Um dos cuidados mais importantes para a prevenção de exploits, é manter todos os sistemas operacionais, aplicativos e programas atualizados com as últimas correções de segurança.
Essa atitude possibilita que quaisquer vulnerabilidades conhecidas sejam corrigidas rapidamente, reduzindo a exposição a ataques.
Contrate Soluções Avançadas de Cibersegurança
Outro cuidado é investir em soluções avançadas de cibersegurança, como firewalls de última geração, sistemas de detecção e resposta a ameaças e soluções de análise comportamental.
Essas soluções podem ajudar a identificar e também a prevenir exploits em tempo real, mitigando riscos de maneira significativa.
Reduza a Superfície de Ataque
Outra ação de prevenção de exploits é minimizar a superfície de ataque eliminando serviços desnecessários.
Sendo assim, o ideal é desativar portas não utilizadas e configurar adequadamente as permissões de acesso para, assim, diminuir as oportunidades para os invasores explorarem vulnerabilidades dos sistemas de empresas e organizações
Limite Uso de Aplicativos Vulneráveis
É importante também limitar o uso de aplicativos vulneráveis. Por isso, evite o uso de aplicativos conhecidos por terem vulnerabilidades conhecidas ou por não serem mais suportados pelos desenvolvedores.
Se possível, o mais indicado é substituí-los por métodos mais seguros e atualizados.
Controle de Acesso para Unidades de Rede
Implemente também controles de acesso rigorosos para unidades de rede, assegurando que somente usuários autorizados sejam autorizados a acessar recursos sensíveis.
Esse cuidado ajuda a prevenir que invasores explorem vulnerabilidades em sistemas de armazenamento compartilhado.
Sistema de Prevenção de Intrusão (IPS)
Por último, utilize sistemas de prevenção de intrusão (IPS) para fazer o monitoramento do tráfego de rede em busca de atividades suspeitas e bloquear automaticamente tentativas de exploração de vulnerabilidades conhecidas.
Vulnerabilidades. Onde encontrar informações
Buscar informações sobre vulnerabilidades de segurança é fundamental para manter sistemas protegidos e atualizados.
Aqui estão algumas fontes confiáveis onde você pode encontrar informações detalhadas sobre vulnerabilidades e evitar que ataques por exploits.
National Vulnerability Database (NVD)
Mantida pelo National Institute of Standards and Technology (NIST), a NVD é um repositório que integra todas as informações do CVE (Common Vulnerabilities and Exposures) com análise de impacto adicional.
Ela oferece descrições detalhadas de vulnerabilidades, métricas de severidade e links para correções quando disponíveis.
Common Vulnerabilities and Exposures (CVE)
O CVE é uma lista de entradas—cada uma contendo um número de identificação, uma descrição e pelo menos uma referência pública—para vulnerabilidades de segurança publicamente conhecidas.
O padrão CVE é mantido pelo MITRE.
SecurityFocus
SecurityFocus é um site que oferece informações sobre diversas questões de segurança em softwares. Além de listar vulnerabilidades, também possui uma lista de discussão e diversos artigos sobre segurança cibernética.
Exploit Database
Um projeto da Offensive Security que cataloga exploits. Ele é uma excelente fonte de informação sobre exploits conhecidos que podem ser usados para explorar vulnerabilidades em softwares.
CERT Coordination Center
Parte do Software Engineering Institute (SEI), o CERT/CC é um centro que estuda e responde a incidentes de segurança computacional.
Eles fornecem alertas de segurança, dicas e outros recursos para ajudar a prevenir e responder a ataques cibernéticos.
OWASP (Open Web Application Security Project)
OWASP é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para melhorar a segurança de software.
Eles oferecem extensas informações, ferramentas, documentações e fóruns sobre as melhores práticas de segurança, incluindo vulnerabilidades em aplicações web.
SANS Internet Storm Center
O SANS ISC fornece um serviço de alerta rápido que auxilia os profissionais de segurança a descobrir tendências de ataques e vulnerabilidades, oferecendo relatórios diários e monitoramento de redes.
Vendor Security Pages
Muitos fabricantes de software mantêm páginas dedicadas à segurança em seus sites, onde eles postam atualizações e informações sobre vulnerabilidades encontradas em seus produtos. É sempre aconselhável acompanhar essas fontes se você usa softwares específicos.
Conclusão
Os exploits são uma séria ameaça cibernética, pois podem explorar vulnerabilidades em sistemas e aplicações desatualizadas.
Contudo, ao adotar medidas preventivas que listamos neste artigo, como manter sistemas atualizados, investir em soluções de segurança avançadas e conscientizar os usuários sobre práticas seguras, é possível mitigar esse risco.
Lembre-se ainda que uma abordagem proativa e multifacetada pode ajudar a proteger dados e sistemas contra ataques de exploits.
Além disso, outro cuidado essencial para proteger os dados da sua empresa, é adotar uma rotina de backup, que garanta a cópia regular e segura dos dados críticos, permitindo restaurar informações importantes em caso de ataques de exploits, garantindo a continuidade das operações empresariais.
Na hora de encontrar a melhor solução de backup, conheça a HLTI, especialista em backup e proteção de dados, entregando segurança cibernética através dos produtos Backup PRO e Veeam Backup & Replication.
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