Plano De Recuperação De Desastres: O Que É E Como Elaborar

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Hoje em dia, com um alto volume de dados movimentados pelas empresas, adotar um plano de recuperação de desastres é uma medida indispensável no que se refere à segurança da informação.

Também é comum ser chamado de Disaster Recovery Plan.

Isso porque, as organizações estão suscetíveis aos mais diversos tipos de desastres, que podem envolver, por exemplo, falhas em sistemas, erros humanos e até situações adversas, como incêndios, desabamentos, alagamentos, ataques cibernéticos, entre outros. 

Já pensou o impacto que a perda de dados importantes para as suas operações pode acarretar para os seus negócios ou mesmo para a reputação da sua empresa?

Então, se você quer elaborar ou otimizar o plano de recuperação de desastres da sua empresa, esse artigo traz as informações essenciais para elaborar esse documento. Vem com a gente!

O Que É Considerado Um Desastre?

Um desastre é um evento súbito e devastador que causa danos significativos, podendo afetar negativamente pessoas, propriedades, meio ambiente e operações de negócios. 

Alguns exemplos de desastres incluem terremotos, incêndios, inundações, furacões, acidentes industriais, ataques cibernéticos, entre outros. 

A gravidade de um desastre é medida pela extensão dos danos causados e pela sua capacidade de impactar a vida das pessoas e das organizações.

É fundamental estar preparado para lidar com essas situações e minimizar seus efeitos por meio de planos de recuperação adequados.

O Que É Um Plano De Recuperação De Desastres?

Um plano de recuperação de desastres é uma estratégia detalhada e documentada que descreve procedimentos para as organizações poderem se recuperar de incidentes críticos, preservar dados essenciais e proteger os ativos, mitigando os impactos negativos nas operações.

Dessa forma, um plano de recuperação de desastres (PRD) é elaborado para enfrentar os mais variados cenários adversos, como mencionamos, desde desastres naturais até ameaças cibernéticas.

Sem um PRD, as empresas correm o risco de:

  • Interrupções prolongadas nas operações;
  • Perda significativa de dados;
  • Danos à reputação corporativa;
  • Perdas financeiras substanciais.

Por exemplo, uma empresa de e-commerce que enfrenta uma falha de segurança cibernética pode perder acesso a dados cruciais de clientes, resultando em transações bloqueadas e perda de confiança do consumidor.

Com um PRD, essa empresa pode rapidamente restaurar seus sistemas de TI a partir de backups seguros, minimizando o tempo de inatividade e o impacto negativo.

Qual A Definição De Recuperação De Desastres De TI?

A definição de recuperação de desastres é um conjunto abrangente de diretrizes, recursos e estratégias usadas para restaurar ou manter as operações da infraestrutura, software e sistemas de TI, diante de eventos catastróficos de origem natural ou provocados.

Qual A Importância Da Recuperação De Desastres?

Hoje, a tecnologia é um dos elementos essenciais para qualquer organização, presente em operações cotidianas e também naquelas mais complexas.

Nesse sentido, soluções, como os sistemas em nuvem, entram em cena para trazer ainda mais agilidade, segurança, conectividade e disponibilidade aos ativos digitais. 

Contudo, mesmo diante de avanços tão positivos e significativos para a sociedade em geral, essa transição para ambientes de nuvem e a expansão do trabalho remoto têm gerado complexidades e riscos adicionais para as empresas. 

Por isso, a implementação de um plano de recuperação de desastres tornou-se uma medida fundamental para garantir a continuidade das operações e o cumprimento dos requisitos legais.

A ausência desses planos pode resultar em violações de conformidade e multas substanciais, além de outros problemas, como prejuízos financeiros, comprometimento da reputação da empresa, exposição de dados e muito mais. 

Como Elaborar um Plano de Recuperação de Desastres

1. Avaliação de Riscos e Impacto nos Negócios (BIA)

O primeiro passo na elaboração de um PRD é realizar uma Avaliação de Riscos e um Business Impact Analysis (BIA).

Isso envolve identificar os eventos potenciais que podem afetar negativamente a empresa e avaliar o impacto que esses eventos poderiam ter nas operações. 

Por exemplo, uma empresa situada em uma área propensa a inundações deve preparar-se especificamente para esse risco.

Durante o desenvolvimento da BIA se faz necessário considerar algumas métricas importantes, como o Objetivo de Tempo para Recuperação (RTO), este é o indicador que determina o tempo máximo de inatividade aceitável para a empresa.

Outra métrica importante é o Ponto de Recuperação (RPO), que estabelece a quantidade aceitável de perda de dados após um desastre.

2. Identificação de Ativos Críticos

Determine quais são os ativos mais importantes para a manutenção das operações da empresa. Isso inclui hardware, software, dados e até recursos humanos e físicos.

Por exemplo, para uma empresa de TI, os servidores e centros de dados são ativos críticos que requerem proteção prioritária.

3. Estratégias de Recuperação

Com os ativos críticos identificados, o próximo passo é desenvolver estratégias de recuperação.

Isso pode incluir a instalação de sistemas e estratégias de backup, acordos de nível de serviço (SLAs) com terceiros para garantir a continuidade das operações e planos de evacuação e segurança física em caso de desastres naturais.

4. Plano de Recuperação

O plano deve detalhar como as estratégias de recuperação serão implementadas.

Isso inclui a alocação de responsabilidades, a definição de linhas de comunicação de emergência e a configuração de infraestrutura de TI redundante.

5. Testes e Manutenção

Um PRD nunca está completo sem testes regulares para garantir sua eficácia. Esses testes podem ser simulações de desastres ou drills práticos.

Além disso, o plano deve ser revisado e atualizado regularmente para adaptar-se a novos riscos ou mudanças nos processos empresariais.

Quais os Ciclos De um Processo de Recuperação de Desastres

O processo de recuperação de desastres geralmente é organizado em ciclos ou fases distintas que ajudam a garantir uma resposta eficiente e organizada a qualquer incidente. 

Cada uma dessas fases é crucial para minimizar o impacto dos desastres sobre as operações da organização e para garantir uma recuperação rápida e eficaz.

Aqui estão as principais fases ou ciclos do processo de recuperação de desastres:

1.Preparação

Nesta fase inicial, a organização desenvolve o plano de recuperação de desastres e estabelece as políticas e procedimentos necessários.

Isso inclui a formação de uma equipe de resposta a desastres, a identificação e priorização de sistemas críticos, e o estabelecimento de estratégias para a proteção de recursos e a continuidade das operações.

Também envolve a formação e educação dos funcionários sobre os procedimentos em caso de desastres.

2. Prevenção

A prevenção foca em medidas para evitar que desastres ocorram ou para minimizar seus impactos se não puderem ser completamente evitados.

Isso pode incluir a instalação de sistemas para segurança cibernética e física, a manutenção regular de equipamentos, a construção de infraestruturas resistentes a desastres (como barragens ou muros de contenção de inundações) e a implementação de redundâncias de dados e sistemas.

3.Mitigação

A mitigação envolve esforços para reduzir os danos causados por desastres quando eles ocorrem.

Isso pode incluir o desligamento de sistemas críticos para evitar danos maiores, o uso de ferramentas de backup para proteger os dados essenciais e até mesmo a implementação de planos de evacuação para proteger os funcionários e visitantes.

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4.Resposta

Durante a fase de resposta, a equipe de recuperação de desastres é ativada e os planos de resposta a desastres são postos em prática.

As ações imediatas podem incluir o combate a incêndios, salvamento, primeiros socorros, comunicação de emergência com as partes interessadas e a implementação de procedimentos para limitar a extensão e a gravidade do desastre.

Convém preparar comunicados padronizados e eleger quem será o porta voz em um momento de crise.

Pode parecer exagero, mas o planejamento prévio pode salvar uma empresa que se comunica de forma equivocada em um momento de crise.

5. Recuperação

A recuperação é a fase em que a organização trabalha para retornar às suas condições normais de operação.

No contexto de TI, isso envolve a restauração de sistemas e dados a partir de backups, reparos em infraestruturas danificadas, realocação de recursos, e revisão e atualização do plano de recuperação de desastres com base nas lições aprendidas durante o evento.

6. Revisão e Melhoria Contínua

Após a recuperação, uma avaliação completa do desempenho da resposta ao desastre é crucial. Isso inclui a revisão de como os procedimentos foram executados e a identificação de áreas para melhoria.

O feedback dos envolvidos é coletado para refinar o plano de recuperação de desastres e melhorar a preparação para futuros desastres.

Esses ciclos garantem que a organização esteja sempre pronta para responder a desastres de forma eficaz e que possa adaptar-se continuamente a novas ameaças e mudanças nas condições de operação.

Quais Tecnologias Ajudam Na Recuperação De Desastres?

A boa notícia é que, hoje em dia, existem tecnologias úteis e essenciais para garantir que os dados e sistemas de uma organização possam ser restaurados rapidamente após um incidente.

Aqui estão algumas das tecnologias mais importantes que suportam a recuperação de desastres de TI:

1. Backup de Dados

A tecnologia de backup é a espinha dorsal da recuperação de desastres de TI. Inclui soluções para copiar e armazenar dados em repositórios seguros, seja localmente ou na nuvem. 

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2. Replicação de Dados

A replicação de dados envolve a cópia contínua de dados de um sistema para outro, garantindo que uma cópia exata esteja sempre disponível em outro local.

Isso é crucial para sistemas críticos que necessitam de alta disponibilidade e uma rápida recuperação após desastres.

3. Recuperação de Desastres como Serviço (DRaaS)

O DRaaS é um serviço baseado em nuvem que permite às organizações replicar e hospedar sistemas físicos ou virtuais para garantir a recuperação rápida após um desastre.

Esses serviços geralmente oferecem opções de failover automático e failback para minimizar o tempo de inatividade.

4. Virtualização

A virtualização permite a criação de uma versão virtual de um recurso de TI, como hardware, sistema operacional, armazenamento ou rede.

Isso facilita a mobilidade dos recursos virtuais entre diferentes infraestruturas físicas, o que é vital para a recuperação rápida de sistemas em caso de falhas de hardware ou desastres naturais.

5. Storage Snapshots

Snapshots são cópias de um sistema de arquivos em um ponto no tempo, permitindo uma restauração rápida para um estado anterior. 

Eles são úteis para recuperação de dados após corrupção ou perda de dados em cenários de desastre. 

6. Computação Em Nuvem

A computação em nuvem oferece recursos de escalabilidade, redundância e flexibilidade, o que a torna uma excelente opção para estratégias de recuperação de desastres.

A nuvem pode ser usada para backup de dados, hospedagem de aplicações replicadas e como ambiente de failover em caso de desastres.

7. High Availability (HA) Systems

High Availability Systems ou Sistemas de alta disponibilidade são configurados para garantir que os serviços de TI permaneçam disponíveis mesmo durante falhas de parte do sistema.

Eles geralmente envolvem redundância de componentes críticos e são fundamentais para minimizar o tempo de inatividade durante um desastre.

8. Failover Automático

Tecnologias de failover automático são configuradas para garantir que, em caso de falha em um sistema ou componente, o tráfego ou processamento seja automaticamente redirecionado para sistemas redundantes sem interrupção perceptível para o usuário.

Essas tecnologias formam a base de uma estratégia robusta de recuperação de desastres de TI, permitindo que as organizações minimizem perdas de dados e tempo de inatividade e garantam a continuidade dos negócios em qualquer circunstância.

9 . Backup Como Serviço – BaaS

O BaaS oferece backups regulares de dados por provedores terceirizados, que oferecem esse serviço a partir de planos pré-estabelecidos.

Quais Os Benefícios Ao Preparar um PRD?

  • Continuidade dos negócios: o plano de recuperação de desastre possibilita a retomada das operações de forma mais rápida.
  • Reforço da segurança: fortalece a segurança por meio de backups de dados e medidas contra ataques.
  • Recuperação ágil: soluções de recuperação de desastres permitem a restauração rápida de dados e sistemas, minimizando a inatividade.
  • Redução de custos: implementar um plano de recuperação de desastres pode prevenir perdas financeiras significativas.
  • Conformidade aprimorada: Atende requisitos de conformidade ao definir procedimentos específicos para proteger dados em situações de desastre.

Para Que É Usada A Recuperação De Desastres?

O plano de recuperação de desastre pode ser usado para diversas finalidades, além de recuperação das atividades em momentos de crise. 

  • Resiliência comercial: possibilita recuperação mais rápida das operações, sem perda de dados, mantendo a empresa resiliente.
  • Conformidade regulatória: reduz a possibilidade de multas e penalidades por violações regulatórias.
  • Prevenção de perda de dados: minimiza o risco de perda de dados durante períodos de inatividade prolongada.
  • Preservação da reputação: evita danos à reputação da marca ao garantir uma rápida recuperação após uma interrupção.
  • Aprendizados para Melhoria Contínua.

Como Planejar Uma Estratégia De Recuperação De Desastres?

Para elaborar um plano de recuperação de desastres, é preciso considerar diversos aspectos cruciais para um planejamento otimizado, integrado e eficiente.

Estratégia de recuperação de desastres: o primeiro passo é criar uma estratégia que envolve protocolos detalhados de resposta a emergências, operações de backup e procedimentos de recuperação.

O ideal é criar um plano de recuperação de desastre integrado com uma estratégia mais ampla e integrada ao PCN (Plano de Continuidade de Negócios).

Avaliação de riscos e impacto: esse cuidado é importante para que a sua empresa possa definir metas de recuperação e planejar ações necessárias.

Além disso, essa avaliação ajuda a entender as consequências de possíveis desastres, desde cenários moderados até os piores.

Considerações na elaboração da estratégia: defina um padrão de DR que atenda aos valores de RTO e RPO estabelecidos. Isso porque, os custos de execução geralmente aumentam à medida que os valores de RTO e RPO diminuem.

Recuperação de desastres na nuvem: essa estratégia pode reduzir significativamente os custos de RTO e RPO, além de eliminar desafios relacionados à capacidade, segurança e infraestrutura de rede.

Como Os Planos De Recuperação De Desastres São Utilizados No Mercado? Exemplo prático

Os planos de recuperação de desastres são usados de diferentes formas no mercado global.

Nesse sentido, podemos usar um exemplo Hyundai Heavy Industries que, em 2016, foi acometida por um terremoto de 5,8 graus na escala Richter, que atingiu suas instalações. 

O incidente, que expôs a vulnerabilidade de sua infraestrutura de TI diante de desastres naturais, levou a empresa a reavaliar seus sistemas de recuperação e a se preparar de maneira mais eficaz para futuras interrupções de maior escala. 

Para enfrentar o desafio, a equipe de TI da Hyundai agiu rapidamente, colaborando com especialistas em resiliência empresarial da Kyndryl para implementar um sólido plano de recuperação em um datacenter remoto no sentido de evitar que situações como essa voltassem a acontecer. 

A Norma ISO 27001 e a Recuperação de Desastres

A norma ISO 27001 é um padrão internacional que especifica as melhores práticas para um sistema de gestão de segurança da informação (SGSI).

Integrar os princípios da ISO 27001 ao elaborar um PRD pode fortalecer as medidas de segurança cibernética e de informação da empresa.

A norma oferece um framework robusto para identificar, gerenciar e reduzir os riscos associados à informação, o que é crucial para a recuperação de desastres.

Por exemplo, a implementação de controles de segurança conforme recomendado pela ISO 27001 pode prevenir falhas de segurança cibernética.

Em caso de um ataque, as diretrizes da norma ajudarão a restaurar os sistemas de informação de forma mais segura e ordenada.

Conclusão

O Plano de Recuperação de Desastres (PRD) é uma parte integral da estratégia de resiliência de qualquer empresa.

Ao considerar todos os aspectos críticos desde a avaliação de riscos até a implementação e manutenção do plano, as empresas podem garantir não só a continuidade das operações durante desastres, mas também uma recuperação eficiente e organizada.

Com um PRD bem elaborado, as empresas podem enfrentar desafios imprevistos com confiança e eficácia, protegendo seus ativos mais valiosos e assegurando sua sobrevivência no longo prazo.

Ao criar protocolos detalhados de resposta, backup e recuperação, é possível minimizar os impactos de interrupções, proteger seus ativos e manter a confiança dos clientes. 

Por isso, o ideal é implementar um plano robusto, adaptado às necessidades específicas de cada organização para enfrentar desafios e preservar a operacionalidade em situações adversas.

Cabe ressaltar, que o melhor dos planos pode falhar e o backup é o recurso essencial se todas as estratégias de recuperação falharem. 

Portanto, reviste e teste suas estratégias de backup, pois elas podem salvar a sua empresa de um colapso e falência.

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