Os avanços tecnológicos nas últimas décadas e o fácil acesso à internet por meio de dispositivos eletrônicos trouxeram muitas facilidades, mas também inúmeras preocupações relacionadas à violação de dados.
A movimentação de dados online e o aumento das transações digitais tornaram as informações sensíveis mais vulneráveis a possíveis ações criminosas, principalmente, para empresas e organizações
Segundo o relatório “Cost of a Data Breach Report” da IBM Security, divulgado em 2022, as consequências financeiras da violação de dados para as empresas atingiram um patamar relevante, registrando um custo médio de R$ 6,45 milhões.
Se você quer proteger a sua organização de ações de violação de sistema e saber como proceder diante de um ataque cibernético, continue lendo o nosso artigo!
O Que São As Violações De Dados?
A violação de dados está relacionada aos acessos indevidos de informações sensíveis, divulgação, alteração ou comprometimento, sem a devida autorização dos titulares.
De maneira geral, essas ações de violação envolvem diferentes tipos de dados, como nomes, endereço, dados bancários, informações financeiras, sigilos comerciais, etc.
Normalmente, elas ocorrem a partir de ações cibernéticas, como exploração de vulnerabilidades em sistemas de segurança, phishing e ransomware.
A finalidade desses ataques é, justamente, a obtenção de acesso às informações pessoais de pessoas comuns e ativos digitais de empresas e organizações.
A partir da obtenção de dados, os cibercriminosos atuam em atividades, como fraude financeira, espionagem corporativa, roubo de identidade, sequestro de dados para chantagem, entre outros.
Quais São As Violações Previstas Pela LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma legislação que determina critérios e regras para o tratamento de dados pessoais. Confira as principais violações previstas pela lei de proteção de dados:
Vazamento de Dados
O vazamento de dados é uma ação que acontece quando informações são expostas, acessadas ou divulgadas sem nenhum tipo de autorização por parte do titular.
Essas situações ocorrem em decorrência de falhas no sistema de segurança das companhias e organizações, ataques cibernéticos, negligência, entre outros, comprometendo, assim, a confidencialidade dos dados.
Coleta Não Autorizada de Dados Pessoais
Outro ponto importante da LGPD é a proibição da coleta de dados pessoais sem a autorização explícita do usuário titular.
Dessa maneira, qualquer forma de coleta sem o consentimento ou em desacordo com o objetivo informado ao titular é tido como uma violação da legislação.
Compartilhamento Indevido de Dados
O compartilhamento de dados, de forma indevida, está relacionado à transferência não autorizada de informações pessoais para terceiros, sem uma justificativa legal ou consentimento do titular.
Nesse caso, a lei determina critérios específicos para o compartilhamento de dados, exigindo transparência e a observância de finalidades legítimas.
Falta de Segurança Adequada
A LGPD estabelece que empresas e organizações adotem medidas de segurança para garantir a proteção de dados pessoais.
Sendo assim, a ausência de práticas e processos de segurança eficazes pode resultar em violações caso os dados sejam comprometidos devido a falhas no sistema.
Retenção Inadequada de Dados
A retenção inadequada de dados acontece quando as empresas mantêm informações pessoais por um período superior ao necessário para a finalidade original da coleta.
Dessa forma, a lei determina limites de retenção e exige a exclusão segura de dados quando não forem mais necessários.
O objetivo é evitar o armazenamento desnecessário, além de mitigar os riscos relacionados a uma retenção prolongada.
Quais São As Principais Ameaças A Proteção De Dados?
Nos últimos anos, as modalidades de ameaças se multiplicaram, exigindo que as empresas andem sempre um passo à frente para proteger suas informações das novas modalidades cibercriminosas que surgem todos os dias.
Para evitar a invasão de dados e outras ações fraudulentas, é importante conhecer as ameaças mais comuns à proteção de dados. Confira:
Ataque Cibernético
Os ataques cibernéticos estão entre as principais ameaças à proteção de dados. Essa ação envolve invasões por hackers que buscam explorar vulnerabilidades em sistemas de segurança.
Nesse caso, são usadas técnicas como malware, phishing, ransomware, etc, para comprometer a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados, resultando em roubos de informações sensíveis ou paralisação de sistemas.
Erro Humano
Os erros humanos também estão entre as principais ameaças à proteção de dados nas empresas.
Falhas cometidas por colaboradores, como clicar em links ou baixar arquivos maliciosos, desrespeito às práticas de segurança podem resultar em violação de dados.
Somado a isso, a falta de conscientização sobre segurança cibernética também aumenta a probabilidade de erros.
Ataques Internos
Os ataques internos, realizados pelos próprios colaboradores, também são ameaças cibernéticas, que podem resultar em violação de dados.
Essas ações podem ser realizadas por ex-colaboradores com acesso, funcionários insatisfeitos ou ações intencionais promovidas pelos membros da companhia que podem ser as mais variadas, como roubo de dados ou exclusão deliberada de dados.
Vulnerabilidade de Softwares
A vulnerabilidade em softwares é uma ameaça constante, principalmente, quando esses sistemas e aplicativos não são atualizados, tornando os dispositivos suscetíveis a explorações criminosas.
Normalmente, essas vulnerabilidades são exploradas para ganhar acesso não autorizado a dados sensíveis ou para realizar ataques mais abrangentes.
Quais São Algumas Das Principais Formas De Uma Violação De Dados?
Ao longo dos anos, os criminosos aprimoraram suas ações e, hoje, adotam diversos métodos sofisticados e modernos de violação de dados.
A violação de dados pode ocorrer de várias formas, abrangendo tanto ataques cibernéticos sofisticados quanto falhas internas menos complexas.
Seguem as principais formas de violação de dados, explicá-las e fornecer exemplos notáveis para ilustrar cada caso:
Phishing: Esta técnica envolve o envio de e-mails fraudulentos que se parecem com e-mails legítimos, com o objetivo de enganar os destinatários para que forneçam dados confidenciais, como senhas e números de cartão de crédito.
Um exemplo notório ocorreu em 2016, com o ataque de phishing ao Comitê Nacional Democrata dos EUA, onde os atacantes conseguiram acesso a e-mails e dados internos.
Ransomware: Causado por um tipo de malware que criptografa os arquivos da vítima, exigindo um resgate para desbloqueá-los.
Um exemplo famoso é o WannaCry, que em 2017 afetou milhares de computadores em mais de 150 países, criptografando dados e exigindo Bitcoin como resgate.
Vazamento de Dados Interno: Isso pode ocorrer devido à negligência ou má gestão dos dados por parte dos funcionários de uma organização.
Por exemplo, em 2019, um grande vazamento de dados da Capital One expôs informações de mais de 100 milhões de clientes devido a uma configuração mal configurada em um servidor da Web AWS.
Ataques de Força Bruta: Esses ataques envolvem tentativas repetidas e automáticas de adivinhar senhas ou chaves criptográficas.
Um exemplo notório foi o ataque ao serviço de hospedagem de código GitHub em 2013, onde atacantes tentaram acessar um grande número de contas usando senhas comumente usadas.
SQL Injection: Esta técnica explora vulnerabilidades em aplicações web que interagem com bases de dados. Um atacante pode inserir código SQL malicioso em um campo de entrada para obter acesso não autorizado aos dados.
Um caso famoso de injeção de SQL foi o ataque à Sony Pictures em 2011, que resultou no vazamento de dados pessoais de milhares de empregados.
Malware e Spyware: Software malicioso instalado sem o conhecimento do usuário, usado para coletar informações confidenciais.
O caso da empresa de tecnologia SolarWinds em 2020 é um exemplo, onde malware foi distribuído através de uma atualização de software, afetando várias agências governamentais dos EUA e empresas privadas.
Engenharia social: também estão entre os principais meios de violação de dados. Esse mecanismo utiliza a manipulação do usuário no sentido de induzi-lo a fornecer dados confidenciais.
Brechas de Segurança em Aplicações Web: Falhas de segurança em aplicações web podem permitir aos atacantes acesso não autorizado a dados sensíveis.
O ataque ao Equifax em 2017 é um exemplo, onde uma vulnerabilidade no software da aplicação web expôs dados pessoais de cerca de 147 milhões de pessoas.
Estes exemplos ilustram a diversidade e a complexidade das ameaças à segurança de dados.
A proteção contra violações de dados requer uma abordagem multifacetada, incluindo tecnologia de segurança robusta, políticas rigorosas e treinamento contínuo de conscientização para funcionários.
Quem Normalmente São os Alvos Das Violações De Dados?
Os principais alvos de violações de dados entre empresas e governos frequentemente incluem os seguintes setores e por que eles são escolhidos:
Setor Financeiro e Bancos: Eles armazenam grandes quantidades de dados financeiros e pessoais, tornando-os alvos atraentes para criminosos que desejam roubar identidades ou recursos financeiros.
Saúde: Hospitais e outras entidades de saúde possuem informações pessoais sensíveis, incluindo históricos médicos que podem ser vendidos no mercado negro ou usados para fraude de seguro.
Governo: Agências governamentais armazenam uma vasta quantidade de dados pessoais e confidenciais sobre cidadãos e operações do estado, tornando-os alvos para espionagem cibernética, terrorismo ou para influenciar a política através de vazamentos de dados.
Varejo e E-commerce: Esses setores coletam dados de pagamento de clientes e informações pessoais, que podem ser usados para realizar fraudes de cartão de crédito ou para outros esquemas de roubo de identidade.
Educação: Instituições educacionais armazenam dados pessoais de estudantes e funcionários, além de pesquisas valiosas, tornando-as alvos para roubo de identidade e espionagem industrial ou acadêmica.
Tecnologia e Redes Sociais: Empresas de tecnologia e plataformas de redes sociais possuem grandes quantidades de dados dos usuários, incluindo preferências pessoais, comportamentos e conexões, que são valiosos para fins de publicidade direcionada ou manipulação de opiniões.
Os motivos pelos quais esses setores são frequentemente escolhidos incluem:
Valor dos dados: Os dados que possuem podem ser vendidos por um alto preço no mercado negro ou usados para cometer fraudes.
Volume de dados: A grande quantidade de dados que essas organizações gerenciam pode oferecer mais oportunidades para os criminosos.
Vulnerabilidades de segurança: Muitas vezes, as organizações não conseguem acompanhar as práticas recomendadas de segurança, deixando lacunas que podem ser exploradas.
Impacto amplo: Atacar esses alvos pode causar um impacto significativo, seja financeiramente, socialmente ou politicamente, o que pode ser um objetivo para alguns atacantes.
As violações de dados nessas áreas podem resultar em perdas financeiras significativas, danos à reputação, perda de confiança dos consumidores ou cidadãos e, em casos de governos, podem até afetar a segurança nacional.
Qual É O Custo Para As Empresas?
O custo de uma violação de dados para empresas pode ser significativo e varia amplamente dependendo de vários fatores, incluindo o tamanho da violação, o tipo de dados comprometidos, o segmento de atuação da empresa, a localização geográfica e as leis de proteção de dados aplicáveis.
Os custos associados a uma violação de dados podem ser categorizados em custos diretos e indiretos:
Custos Diretos:
Notificação e Comunicação: Custos para notificar os afetados pela violação e comunicar com as autoridades reguladoras.
Recuperação de Dados e Reparação de Sistemas: Inclui o custo de reparar os sistemas afetados e recuperar dados perdidos ou corrompidos.
Assistência Legal e Multas: Custos com assistência jurídica para responder à violação e possíveis multas e penalidades regulatórias.
Monitoramento de Crédito para os Afetados: Empresas muitas vezes oferecem monitoramento de crédito gratuito para indivíduos afetados pela violação.
Custos Indiretos
Perda de Confiança dos Consumidores: Uma violação pode levar à perda de clientes e diminuir a aquisição de novos clientes devido à perda de confiança.
Danos à Reputação: O dano à reputação da empresa pode ter impactos de longo prazo nas receitas e na marca.
Perda de Propriedade Intelectual: Violações de dados podem resultar na perda de propriedade intelectual valiosa, afetando a vantagem competitiva da empresa.
Impacto nas Ações e Valor de Mercado: Empresas públicas podem ver suas ações desvalorizarem após uma violação de dados.
O “Cost of a Data Breach Report” da IBM é uma referência amplamente reconhecida que fornece insights anuais sobre o custo médio das violações de dados em todo o mundo.
Segundo o relatório de 2022, o custo médio global de uma violação de dados foi de $4.24 milhões por incidente, marcando o custo mais alto em 17 anos de publicação do relatório.
Vale notar que esse valor pode variar significativamente entre diferentes segmentos e regiões, com o setor de saúde frequentemente enfrentando os custos mais altos por violação de dados.
Como Você Pode Evitar Violações De Dados?
Evitar violações de dados é essencial para proteger as informações confidenciais e a integridade de qualquer organização.
Embora seja impossível garantir uma segurança 100% à prova de falhas devido à natureza sempre evolutiva das ameaças cibernéticas, existem várias práticas recomendadas que podem significativamente reduzir o risco de violações de dados:
Educação e Treinamento de Conscientização em Segurança: Educar funcionários sobre práticas seguras de segurança da informação, incluindo reconhecimento de phishing e outras táticas de engenharia social.
Atualizações e Manutenção de Software: Manter todos os sistemas operacionais, aplicativos e infraestrutura de rede atualizados com as últimas patches de segurança.
Criptografia de Dados: Usar criptografia para proteger dados em trânsito e em repouso, garantindo que as informações sejam inúteis para os invasores sem a chave de descriptografia correta.
Autenticação Forte: Implementar autenticação multifator (MFA) para adicionar uma camada extra de segurança além dos tradicionais nomes de usuário e senhas.
Políticas de Senha Forte: Exigir que os funcionários criem senhas fortes e as alterem regularmente.
Gerenciamento de Acesso e Privilegiados: Assegurar que os direitos de acesso sejam baseados no princípio do menor privilégio, limitando o acesso aos dados e sistemas apenas aos funcionários que precisam dele para suas funções.
Firewalls e Antivírus: Utilizar firewalls para proteger a rede e antivírus para proteger dispositivos contra malware e outras ameaças. Preferencialmente use um Firewall NG.
Monitoramento e Detecção de Ameaças: Implementar soluções de segurança que monitoram continuamente a rede e os sistemas para detectar atividades suspeitas ou anormais.
Resposta a Incidentes e Planos de Recuperação: Desenvolver e testar regularmente um plano de resposta a incidentes e recuperação de desastres para garantir uma resposta rápida e eficaz a violações de segurança.
Auditorias de Segurança e Avaliações de Vulnerabilidade: Realizar auditorias de segurança regulares e testes de penetração para identificar e corrigir vulnerabilidades.
Segurança Física: Proteger o acesso físico a instalações e hardware que armazenam dados sensíveis.
Políticas de Trabalho Remoto Seguro: Implementar políticas e tecnologias de segurança, como VPNs seguras, para proteger os dados quando os funcionários estão trabalhando remotamente.
Embora estas práticas não possam eliminar completamente o risco de uma violação de dados, elas podem ajudar a fortalecer a postura de segurança de uma organização e reduzir significativamente a probabilidade de ocorrências de violações.
Conclusão
Em um mundo cada vez mais digitalizado, onde a quantidade de dados criados, armazenados e compartilhados cresce exponencialmente, a proteção contra violações de dados se tornou uma prioridade absoluta para empresas e organizações governamentais.
Como detalhado neste artigo, entender a natureza, o custo e as consequências das violações de dados é apenas o ponto de partida.
A implementação proativa de medidas de segurança, políticas rigorosas e uma cultura de conscientização em segurança são fundamentais para mitigar riscos e proteger os ativos mais valiosos da organização: seus dados.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e outras regulamentações semelhantes pelo mundo sublinham a importância da responsabilidade e da conformidade no tratamento de dados pessoais, estabelecendo um quadro legal que não apenas penaliza as violações, mas também incentiva práticas de segurança robustas.
Ao mesmo tempo, a evolução constante das ameaças cibernéticas exige vigilância contínua, adaptação e inovação na defesa contra ataques que buscam explorar qualquer vulnerabilidade disponível.
Diante das potenciais consequências devastadoras de uma violação de dados, tanto em termos financeiros quanto de reputação, torna-se evidente que investir em segurança cibernética não é um custo, mas uma necessidade crítica para a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo de qualquer entidade.
Portanto, encorajamos todas as organizações a adotarem uma abordagem holística e integrada para a segurança de dados, o que não apenas atende aos requisitos regulatórios, mas também protege a confiança e a integridade tão essenciais nas relações com clientes, parceiros e a sociedade como um todo.
Lembre-se que uma das ações mais importantes para garantir a segurança de dados é a realização de backups regulares para mitigar os riscos associados à perda de dados.
Os backups oferecem uma camada adicional de segurança.
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Com 30 anos de experiência acumulada, me especializei em tecnologia da informação, com foco em arquiteturas seguras para infraestruturas locais, em nuvem e híbridas. Acredito que o sucesso é construído em conjunto; o compartilhamento de ideias, visões e conhecimentos entre as pessoas é fundamental para impulsionar o crescimento, promover o aprendizado contínuo e desenvolver soluções mais eficazes e equilibradas.