
Sem dúvida, nos últimos anos a segurança da informação é uma das principais preocupações de governos e empresas de diferentes portes e segmentos. E, claro que toda essa inquietação se justifica.
A quantidade de ataques cibernéticos contra as redes e sistemas de empresas de todo mundo cresceu de maneira assustadora.
O relatório Global DDoS Threat Intelligencrevela da Netscout, empresa líder global em soluções de cibersegurança, revelou que o Brasil é o alvo principal de ciberataques na América Latina.
De acordo com o levantamento, no segundo semestre de 2023, o Brasil apresentou um aumento de 19% no número de tentativas de ataques hackers, um aumento maior do que a média mundial, que foi de 13% no mesmo período daquele ano.
Diante disso, é preciso que a sua empresa invista pesado em segurança da informação para evitar, roubo e sequestro de dados, invasão de sistemas, etc.
Vem com a gente e entenda o que é segurança da informação, sua real importância nos dias atuais e como proteger a sua empresa. Confira!
O Que É Segurança Da Informação?
Segurança da informação é um termo usado para referir-se ao conjunto de estratégias adotadas para proteger dados contra ameaças, riscos e ataques cibernéticos, que visam comprometer a integridade, confidencialidade e disponibilidade de informações e sistemas.
Essas violações podem acontecer em dispositivos de pessoas comuns, empresas, instituições e órgãos governamentais.
Dessa forma, a segurança da informação atua na mitigação de ações que buscam acessar sem autorização, utilizar, roubar ou sequestrar dados ou arquivos sensíveis, como dados, sistemas, imagens, documentos, senhas, informações financeiras, etc.
E Quanto Às Informações Pessoais Dentro Das Empresas?
A segurança de dados não se limita apenas às informações corporativas, como relatórios financeiros, estratégias comerciais e planos de negócios.
Ela também abrange um aspecto fundamental: a proteção dos dados pessoais de colaboradores, clientes e parceiros de negócios, que estão presentes em diversos processos empresariais.
Esses dados são constantemente manipulados em rotinas administrativas como a folha de pagamento, o cadastro de funcionários, processos seletivos e até no relacionamento com clientes.
Com o aumento das transações digitais e do uso de tecnologias como a nuvem e as redes sociais corporativas, a exposição dessas informações sensíveis se torna cada vez maior.
Informações como nome completo, CPF, RG, dados de contato, endereço, informações bancárias, e histórico de salários são exemplos de dados frequentemente gerenciados pelas empresas.
Além disso, em setores como o RH, dados relacionados à saúde, antecedentes criminais e outros detalhes pessoais podem ser armazenados e processados.
A exposição não controlada dessas informações pode resultar em violações graves, como fraudes financeiras, roubo de identidade, e o uso indevido dessas informações por criminosos, tanto no ambiente digital quanto no físico.
Em um cenário onde crimes cibernéticos crescem exponencialmente, os criminosos encontram diversas maneiras de explorar vulnerabilidades em sistemas de dados empresariais.
Phishing, engenharia social e ataques de ransomware são algumas das técnicas que podem ser usadas para obter acesso a informações sigilosas.
Quando essas informações são capturadas, o impacto não se restringe apenas à organização, mas afeta diretamente a vida pessoal dos envolvidos, resultando em perdas financeiras, danos à reputação e outros transtornos.
Por isso, as empresas precisam entender que a proteção dos dados pessoais não é apenas uma obrigação legal imposta por legislações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), mas também um compromisso ético com a segurança e privacidade dos seus colaboradores e clientes.
A adoção de práticas robustas de segurança, como a criptografia de dados, controle de acesso rigoroso, monitoramento constante e treinamentos de conscientização sobre segurança da informação são fundamentais para reduzir os riscos.
Além disso, processos empresariais como folha de pagamento, gestão de benefícios, seleção de pessoal e suporte ao cliente devem ser tratados com o mais alto nível de segurança e sigilo, assegurando que as informações trafeguem em ambientes controlados e monitorados, onde apenas pessoas autorizadas possam acessá-las.
A implementação de políticas de segurança cibernética, juntamente com o uso de tecnologias avançadas para proteção, é crucial para prevenir vazamentos e garantir que as operações diárias sejam conduzidas de forma segura.
Em suma, a proteção dos dados pessoais nos processos empresariais é uma responsabilidade compartilhada entre a organização e seus colaboradores, sendo essencial para manter a confiança no ambiente corporativo e proteger todos contra as ameaças crescentes do mundo digital.
Qual É A Função Da Segurança Da Informação?
As funções da segurança da informação incluem a identificação, registro e combate às ameaças do universo digital, como roubo, danos e perda de informações sensíveis.
Sendo assim, seus processos envolvem a adoção de mecanismos para blindar a estrutura digital da empresa de forma sincronizada a partir da união de importantes áreas, que são as seguintes:
- Segurança de Dados: linha de defesa na proteção dos sistemas e redes por meio de estratégias, como auditorias de segurança e avaliações de risco;
- Segurança de Sistemas de Informação: implementação de métodos e políticas de segurança para monitorar a infraestrutura de segurança de TI;
- Arquitetura da Segurança: estratégias de proteção às ameaças digitais, associada à infraestrutura de segurança de Tecnologia da Informação;
- Engenharia da Segurança: criação da infraestrutura de segurança de TI;
- Gestão de Segurança de Sistemas: gerenciamento dos mecanismos de segurança.
Como A Segurança Da Informação Funciona?
A segurança da informação opera por meio da implementação de medidas para proteger os ativos de informação de uma empresa ou organização governamental.
Nesse sentido, é preciso adotar um conjunto de procedimentos e tecnologias para assegurar que os ativos de uma empresa sejam protegidos de qualquer tipo de manipulação, compartilhamento, processamento, armazenamento ou roubo.
Sendo assim, essas medidas incluem o uso de tecnologias como backups, criptografia, firewalls e outras ações como a criação de políticas de segurança, estabelecendo diretrizes de acesso, regras de uso, normas e procedimentos para o manuseio de dados.
Para o seu perfeito funcionamento, saiba que a segurança da informação exige a colaboração de tecnologia, pessoas e processos para garantir a proteção correta dos ativos sensíveis de uma empresa.
Qual É A Importância Da Segurança Da Informação?
A segurança da informação é uma dos pilares das empresas que desejam garantir a integridade e disponibilidade de dados e informações relevantes para as operações de uma empresa ou organização.
Como mencionamos no início do artigo, os ataques cibernéticos ocorrem de maneira crescente, principalmente, em empresas e organizações, comprometendo negócios e gerando prejuízos relevantes.
Dessa forma, a segurança da informação nunca foi tão importante para proteger dados sensíveis e valiosos contra criminosos cibernéticos, impedindo acessos não autorizados, manipulação indevida e vazamentos de arquivos confidenciais.
Além disso, muito mais do que mitigar riscos de acessos não autorizados, essas medidas também promovem mais confiança em usuários, parceiros comerciais e também entre os clientes, já que essas ações garantem um ambiente mais confiável e protegido.
Em síntese, investir em segurança da informação se faz necessário garantir a continuidade dos negócios.
Quais Os Pilares De Segurança Da Informação?
Ao adotar a segurança da informação na sua empresa, é preciso respeitar os 5 principais pilares que viabilizam a implementação adequada das medidas de proteção, como confidencialidade, integridade, disponibilidade, autenticidade e irretratabilidade.
Entenda mais nos tópicos abaixo:
Confidencialidade
A confidencialidade é considerada um dos pilares mais importantes na gestão da segurança de dados, principalmente, porque o seu objetivo é a preservação do sigilo dos dados.
Apenas aqueles que têm a devida autorização podem acessar ou ver a informação em questão.
A confidencialidade é frequentemente assegurada por meio de medidas como criptografia, controle de acesso e políticas de privacidade.
Em resumo, a confidencialidade garante que as informações sejam mantidas em segredo e só sejam acessíveis por indivíduos autorizados.
Disponibilidade
Outro pilar da segurança da informação é a disponibilidade, que diz respeito ao direito ao acesso de dados por parte dos usuários que têm autorização de acesso, sempre que necessário.
Dessa maneira, esse princípio diz que os dados devem estar acessíveis sempre que usuários autorizados precisarem.
A partir disso, as empresas devem fornecer recursos para que esses usuários autorizados possam ter acesso livre aos dados.
Integridade
Já o pilar da integridade na segurança da informação refere-se, justamente, à necessidade de preservar a integridade das informações compartilhadas ou acessadas por usuários de maneira que elas mantenham a sua originalidade, ou seja, não sejam modificadas.
A segurança da informação deve garantir que as informações permaneçam precisas, completas e não sejam alteradas sob nenhuma circunstância.
Autenticidade
A autenticidade refere-se à garantia de que a origem de uma informação é legítima e que quem está enviando ou acessando um dado é realmente quem diz ser.
Em outras palavras, trata-se de assegurar que uma entidade (usuário, sistema ou dispositivo) seja identificada corretamente e que suas credenciais (como senhas, chaves criptográficas ou certificados digitais) sejam válidas.
Por exemplo:
- Quando um usuário faz login em um sistema, o processo de autenticação verifica sua identidade (geralmente por meio de um nome de usuário e senha ou outro fator de autenticação, como biometria ou tokens).
- Em uma comunicação entre sistemas, a autenticidade garante que a mensagem foi enviada por uma fonte confiável e não por um atacante se passando por outra entidade.
A autenticidade é um pilar importante para evitar fraudes, acessos não autorizados e falsificações, e geralmente é implementada através de tecnologias como certificados digitais e assinaturas digitais.
Irretratabilidade
A irretratabilidade ou não repúdio refere-se à garantia de que uma ação ou transação não possa ser negada ou contestada posteriormente por quem a realizou.
Esse conceito assegura que, uma vez que uma pessoa ou entidade tenha realizado uma ação (como assinar digitalmente um documento ou enviar uma mensagem), ela não pode negar posteriormente a sua autoria.
Por exemplo:
- Quando um documento é assinado digitalmente, o sistema garante que o assinante não pode posteriormente afirmar que não o assinou.
- Em transações financeiras online, uma vez que um pagamento foi autorizado e processado, o cliente não pode negar que realizou aquela transação se todos os controles de segurança estiverem em vigor.
O princípio da irretratabilidade é comumente aplicado através de mecanismos como assinaturas digitais e logs auditáveis para assegurar a integridade das transações e impedir que as partes envolvidas neguem sua participação após o fato.
Relação entre Autenticidade e Irretratabilidade
Esses dois conceitos estão interligados, pois a autenticidade é necessária para garantir que uma ação foi realmente realizada por quem diz ter realizado, enquanto a irretratabilidade garante que essa ação não pode ser negada no futuro.
Juntas, elas ajudam a fortalecer a confiança em sistemas de informação, especialmente em cenários onde a troca de dados sensíveis e transações eletrônicas estão em jogo.
Quais São As Diferenças Entre Segurança De TI E Segurança Da Informação?
As diferenças entre segurança de TI e segurança da informação estão no escopo, enfoque e nas áreas de aplicação de cada uma. Veja a seguir uma comparação detalhada:
1.Escopo
– Segurança de TI: Refere-se à proteção dos recursos tecnológicos, como hardware, software, redes e sistemas. Seu foco está no ambiente digital e nas tecnologias envolvidas.
– Segurança da Informação: Abrange a proteção de todos os tipos de informações, independentemente de como estão armazenadas ou transmitidas. Isso inclui informações digitais, físicas (documentos em papel) e até conversas verbais.
2. Foco
– Segurança de TI: Concentra-se principalmente em proteger as infraestruturas tecnológicas contra ataques cibernéticos, falhas técnicas e vulnerabilidades. Envolve a proteção de redes, servidores, dispositivos e software contra ameaças como vírus, malware, hackers e interrupções de serviço.
– Segurança da Informação: Tem um foco mais abrangente, protegendo a confidencialidade, integridade e disponibilidade de qualquer tipo de informação. Envolve políticas, normas, gestão de riscos e controles, além de aspectos tecnológicos.
3. Objetivo Principal
– Segurança de TI: Busca manter os sistemas de TI seguros e funcionando corretamente, evitando ataques ou invasões que possam comprometer a operação dos sistemas de TI e a integridade dos dados neles contidos.
– Segurança da Informação: Visa proteger toda e qualquer informação, seja ela digital ou física, garantindo que somente pessoas autorizadas tenham acesso, que os dados estejam corretos e disponíveis quando necessário.
4. Tecnologia e Gestão
– Segurança de TI: Predominantemente técnica, lidando com firewalls, antivírus, criptografia, monitoramento de redes e resposta a incidentes de TI. Está ligada ao uso de ferramentas e soluções tecnológicas para proteger os sistemas de computação.
– Segurança da Informação: Inclui uma abordagem mais estratégica e gerencial, que engloba não apenas tecnologias, mas também políticas de segurança, conformidade com regulamentações (como a LGPD), conscientização de funcionários e avaliação de riscos.
5. Componentes Protegidos
– Segurança de TI: Envolve diretamente a proteção de sistemas tecnológicos como servidores, computadores, roteadores, redes e software, garantindo que esses componentes estejam seguros contra ataques cibernéticos e falhas.
– Segurança da Informação: Envolve a proteção de informações em diversos formatos e meios (digitais ou físicos), abrangendo a segurança de documentos, informações pessoais, registros financeiros, propriedade intelectual, e-mails, entre outros.
6. Exemplos de Atividades
– Segurança de TI:
– Instalação de firewalls, antivírus e sistemas de detecção de intrusão.
– Monitoramento e análise de tráfego de rede para prevenir ataques.
– Atualizações de software e aplicação de patches de segurança.
– Configuração de backups e proteção contra perda de dados.
– Segurança da Informação:
– Definição e implementação de políticas de segurança da informação.
– Conformidade com leis e regulamentações (como LGPD e GDPR).
– Criptografia e controle de acesso a informações confidenciais.
– Treinamento de colaboradores para a conscientização sobre boas práticas de segurança.
7. Responsabilidade Organizacional
– Segurança de TI: Normalmente é gerenciada por equipes de TI (Tecnologia da Informação), focando em manter os sistemas e redes seguras, funcionando corretamente e protegidas contra ameaças técnicas.
– Segurança da Informação: Pode envolver diferentes setores da organização, como TI, jurídico, compliance e RH, sendo uma responsabilidade que vai além do departamento de TI. Foca na proteção ampla de informações em toda a empresa.
Resumo das Diferenças
– Segurança de TI: Foco nas tecnologias e infraestrutura que suportam o armazenamento, processamento e transmissão de dados. Predominantemente técnico.
– Segurança da Informação: Foco na proteção dos dados e informações como um todo, independentemente do meio ou tecnologia. Envolve aspectos estratégicos, gerenciais e tecnológicos.
Essencialmente, segurança de TI é um subconjunto da segurança da informação, que cobre o gerenciamento e a proteção das infraestruturas tecnológicas enquanto a segurança da informação abrange todas as áreas relacionadas à proteção de dados, sejam digitais ou não.
Quais Os Tipos De Ameaças À Segurança Da Informação?
Hoje em dia, as empresas enfrentam as mais diferentes ameaças à segurança da informação. Entre elas estão as seguintes:
- Cavalo de Troia: software malicioso que rouba dados e promove a paralisação do computador.
- Ataque DDoS: mecanismo que sobrecarrega o servidor, causando lentidão e indisponibilidade de acesso.
- Ransomware: impede o acesso aos arquivos do servidor por meio de bloqueio.
- Ataque de Varredura de Portas: utiliza malwares para explorar falhas no sistema e roubar dados.
- Cripto Jacking: utiliza o computador da vítima para minerar criptomoedas sem consentimento.
- Zero Day: explora vulnerabilidades e falhas de segurança antes que sejam corrigidas.
- Ataques de força bruta: tentativas de acesso forçado para descobrir senhas.
- Phishing: golpes que induzem pessoas a fornecerem informações confidenciais, como senhas e dados bancários.
Quais São Os Impactos Da Falta De Segurança Da Informação?
A ausência de medidas que visam a segurança da informação pode trazer impactos negativos e altamente prejudiciais para as empresas e organizações.
Um deles é o vazamento de dados sensíveis e confidenciais, como informações pessoais e financeiras, segredos comerciais ou intelectuais, que comprometem a confidencialidade e também a privacidade de dados, evitando prejuízos relacionados à reputação ou à ordem financeira.
Outro impacto causado pela falta da segurança de informação é o roubo de identidades, que ocorrem sempre que os dados pessoais de um indivíduo é exposto, podendo acarretar perda financeira significativa para empresas e indivíduos.
Além disso, é possível que a ausência dessas medidas também causem danos à reputação de uma empresa, comprometendo a confiança dos clientes e parceiros comerciais.
Um dos impactos mais significativos da ausência da segurança da informação é a possibilidade da suspensão das operações, promovendo a perda de produtividade, tempo de inatividade e prejuízos de ordem financeira.
Sem contar que a falta de segurança pode acarretar ainda em ações judiciais, em caso de vazamento de dados, por exemplo, por parte de clientes, parceiros ou autoridades reguladoras que forem prejudicados por um vazamento de informações.
A falta de medidas de segurança de informação também podem comprometer o fornecimento de serviços essenciais, como energia, internet e saúde, causando impactos significativos na sociedade e na economia.
Além disso, a ausência dessas medidas também possibilitam a espionagem industrial, com o roubo de informações valiosas por parte de concorrentes, que resulta em perda de vantagem competitiva e impactando a inovação.
Como Ter Segurança Da Informação Nas Empresas?
Se você pretende investir em segurança da informação, saiba que é preciso levar em consideração dois aspectos importantes. Confira quais são eles:
Controles Digitais
Adotar controles digitais ao implementar a segurança da informação é importante, já que você consegue proteger dados sensíveis, sistemas e infraestrutura tecnológica contra ataques hacker e riscos de segurança.
Isso acontece porque esses controles monitoram, gerenciam e mitigam riscos relacionados à utilização de tecnologia e sistemas de informação.
Os controles digitais incluem, por exemplo, firewalls, sistemas de detecção de intrusões, criptografia, etc, garantindo que apenas usuários autorizados tenham acesso aos dados confidenciais.
Essas medidas também detectam de maneira precoce ações suspeitas e auxiliam na implementação de políticas de segurança.
Monitoramento Físico
O monitoramento físico é um recurso fundamental ao implementar a segurança da informação, já que ele atua como um complemento aos esforços de proteção digital, assegurando, assim, a integridade e disponibilidade de dados.
Dessa maneira, ao monitorar pontos físicos, como data centers e instalações de servidores, sua empresa consegue identificar e responder a ameaças, como invasões não autorizadas, roubo de hardware, etc.
Essa medida contribui para evitar e prevenir a suspensão ou paralisação das operações, perda de dados e violações de segurança que podem ocorrer por conta de ações em dispositivos físicos.
Vale ressaltar que o monitoramento físico também atua na proteção contra ameaças internas que podem vir por meio de colaboradores com más intenções.
Ao integrar o monitoramento físico às medidas de segurança da informação, a sua empresa adota uma abordagem mais ampla, mitigando riscos digitais e físicos, no sentido de proteger os ativos e dados sensíveis.
O Que Faz Um Profissional De Segurança Da Informação?
O especialista em segurança da informação é um profissional responsável por proteger os sistemas da empresa contra riscos e ataques cibernéticos.
Entre as suas atribuições estão a identificação de riscos e vulnerabilidades por meio de análises para detectar eventuais brechas em redes e sistemas, além de monitorar novas tendências e métodos de ataque para se antecipar a ameaças.
Além disso, ele também atua na implementação de soluções de soluções de segurança, além de desenvolver políticas internas para proteger a estrutura digital da empresa.
Cabe ao profissional de segurança da informação o monitoramento de atividades suspeitas e responder de maneira ágil as mais diversas ações criminosas, como invasões ou vazamentos de dados.
Na ocorrência de um incidente, esse profissional também analisa sua origem, executa correções de problemas, minimizando os danos e restabelece a operação dos sistemas, por meio de medidas preventivas.
Por fim, o especialista em segurança da informação também é responsável por promover treinamentos e workshops para informações aos funcionários sobre práticas de segurança cibernética, além de sempre acompanhar as inovações tecnológicas e novas ameaças.
Quais Os Principais Erros Na Segurança Da Informação?
Se você quer proteger os dados da sua empresa de maneira adequada, é preciso evitar alguns erros.
Confira os principais:
- Não adotar uma rotina de backups regulares dos dados pode acarretar perda imensurável de dados relevantes para as operações de uma empresa.
- Utilizar senhas simples ou compartilhá-las com outras pessoas potencializa a possibilidade da sua empresa ter acesso não autorizado às contas e sistemas.
- Não manter sistemas, aplicativos e dispositivos atualizados com as últimas correções de segurança deixa seus sistemas vulneráveis.
- A falta de políticas claras de segurança da informação deixa os colaboradores sem orientação sobre práticas adequadas de segurança da informação.
- Não adotar uma medida de monitoramento dos sistemas em busca de ações suspeitas pode resultar em atrasos na detecção de violações.
- Ignorar requisitos regulatórios de segurança da informação pode gerar penalidades legais e financeiras.
- Não promover treinamento em segurança da informação aos colaboradores pode levar a erros que comprometem a segurança.
Casos De Falhas No Sistema De Segurança Da Informação
Ao longo do artigo, você pode ver a importância de adotar medidas de segurança da informação, mas para que você entenda a real necessidade dessas ações, selecionamos alguns casos de incidentes em segurança da informação. Confira:
- Netshoes: Em 2018, essa empresa de comércio eletrônico sofreu um vazamento de dados que expôs informações pessoais de cerca de 2 milhões de clientes, incluindo nomes, e-mails, senhas e histórico de compras.
- TSE (Tribunal Superior Eleitoral): Durante as eleições municipais de 2020, o TSE foi alvo de ataques de negação de serviço (DDoS) que tentaram, sem sucesso, interromper o funcionamento do sistema de totalização de votos.
- STJ (Superior Tribunal de Justiça): Em 2020, o STJ sofreu um ataque de ransomware que paralisou seus sistemas por vários dias. Os atacantes exigiram um resgate para descriptografar os sistemas afetados.
- Vazamento Massivo de Dados: Em janeiro de 2021, foi revelado um dos maiores vazamentos de dados da história do Brasil, onde cerca de 220 milhões de CPFs, incluindo informações detalhadas de muitos indivíduos, foram expostos e colocados à venda em fóruns de cibercriminosos.
- Ataques Contra Instituições Financeiras: Bancos e outras instituições financeiras brasileiras, ao longo dos anos, enfrentaram diversos tipos de ataques, desde phishing e scam até ataques mais sofisticados, visando roubar dinheiro ou dados de clientes.
- Comprometimento de Roteadores: Em diversos momentos, roteadores domésticos no Brasil foram comprometidos por malwares que alteravam suas configurações DNS, redirecionando os usuários para páginas fraudulentas.
O Instituto Brasileiro de Segurança, Proteção e Privacidade de Dados, resumiu em na imagem a seguir a linha do tempo os principais ataques cibernéticos ocorridos no Brasil.
Fonte: IBRASPD
Estes são apenas alguns exemplos de incidentes de segurança que ocorreram no Brasil.
Como em muitos países, o cenário de ameaças cibernéticas no Brasil é dinâmico, e novos incidentes e ameaças surgem regularmente.
A necessidade de medidas robustas de segurança cibernética e conscientização contínua é, portanto, de extrema importância.
Como Garantir A Segurança Da Informação Nas Empresas?
Garantir a segurança da informação nas empresas requer a implementação de uma abordagem abrangente que combine controles digitais (tecnológicos) e controles físicos.
Estes controles precisam estar alinhados com os princípios de confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação, bem como estar em conformidade com leis e regulamentações, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Seguem estratégias práticas para garantir a segurança da informação em uma empresa, considerando ambos os contextos:
Controles Digitais
Os controles digitais são as medidas tecnológicas adotadas para proteger as informações armazenadas ou transmitidas em formato eletrônico. Esses controles ajudam a mitigar ameaças cibernéticas, como ataques de hackers, malware e vazamentos de dados.
a. Autenticação e Controle de Acesso
- Autenticação Multifator (MFA): Implementar MFA para garantir que apenas usuários autorizados acessem sistemas e dados críticos. O MFA utiliza senhas, tokens, biometria ou autenticação por dispositivos móveis.
- Gerenciamento de Acesso: Definir políticas de privilégios mínimos, onde cada colaborador tem acesso apenas às informações e sistemas necessários para realizar seu trabalho. Utilizar sistemas de controle de acesso baseados em funções (RBAC).
- Revisão de Acessos: Realizar auditorias periódicas para garantir que apenas os usuários corretos tenham acesso a informações confidenciais e desativar acessos obsoletos ou de ex-funcionários.
b. Criptografia
- Criptografia de Dados em Trânsito e em Repouso: Proteger as informações durante o envio e o armazenamento, usando criptografia de ponta a ponta (como HTTPS) e criptografia de discos, bases de dados e backups.
- Assinaturas Digitais: Utilizar assinaturas digitais para garantir a autenticidade e integridade de documentos e comunicações empresariais.
c. Backup e Recuperação de Dados
- Backups Regulares: Implementar backups automáticos e regulares para assegurar que os dados possam ser recuperados em caso de perda, ataque cibernético (como ransomware) ou falhas do sistema.
- Armazenar backups fora do local físico da empresa e na nuvem, para maior segurança.
- Planos de Recuperação de Desastres: Desenvolver e testar regularmente planos de recuperação de desastres (DRP) e continuidade de negócios (BCP) para garantir que, em caso de incidentes, a empresa possa restabelecer rapidamente suas operações.
d. Monitoramento e Detecção de Ameaças
- Sistemas de Detecção de Intrusão (IDS) e Prevenção (IPS): Implementar ferramentas que monitorem redes e sistemas para detectar e prevenir ataques e acessos não autorizados.
- Monitoramento de Logs: Analisar logs de acesso e eventos para identificar atividades suspeitas e responder rapidamente a incidentes. Ferramentas SIEM (Security Information and Event Management) podem ajudar na correlação de eventos.
- Firewalls e Antivírus: Garantir que firewalls estejam configurados corretamente e que soluções antivírus e anti-malware estejam atualizadas e ativas em todos os dispositivos da rede.
e. Políticas de Senhas
- Políticas de Senhas Seguras: Implementar requisitos de complexidade para senhas, como comprimento mínimo, uso de caracteres especiais, e renovação periódica.
- Gerenciadores de Senhas: Incentivar o uso de gerenciadores de senhas, para que os usuários armazenem suas credenciais de maneira segura.
f. Educação e Conscientização
- Treinamento de Segurança: Realizar treinamentos regulares para conscientizar os colaboradores sobre boas práticas de segurança da informação, como evitar phishing, uso de senhas fortes e proteção de dados sensíveis.
- Simulações de Ataques: Realizar simulações de ataques, como tentativas de phishing, para testar a resposta dos funcionários e identificar vulnerabilidades no comportamento dos usuários.
2. Controles Físicos
Os controles físicos são fundamentais para garantir que o acesso aos dados e sistemas críticos da empresa seja restrito apenas a pessoas autorizadas e que o ambiente físico seja protegido contra ameaças externas.
a. Controle de Acesso Físico
- Cartões de Acesso e Biometria: Implementar sistemas de controle de acesso baseados em cartões eletrônicos ou biometria para restringir o acesso a áreas críticas, como salas de servidores, data centers ou áreas de armazenamento de documentos sensíveis.
- Monitoramento de Entrada e Saída: Utilizar câmeras de segurança e sistemas de controle de presença para monitorar quem entra e sai de áreas restritas da empresa.
b. Proteção de Hardware
- Segurança Física dos Servidores: Garantir que servidores e equipamentos críticos estejam instalados em ambientes controlados e seguros, com monitoramento constante e sistemas de refrigeração adequados.
- Bloqueio de Portas USB e Dispositivos de Armazenamento: Implementar políticas de bloqueio de portas USB para prevenir a cópia não autorizada de dados para dispositivos externos e evitar a introdução de malware por dispositivos removíveis.
c. Proteção contra Desastres
- Sistemas de Prevenção de Incêndios: Equipar áreas de TI e data centers com sistemas de prevenção de incêndios, como detectores de fumaça e extintores apropriados.
- Controle de Temperatura e Umidade: Garantir que ambientes de data center e servidores estejam em locais com controle adequado de temperatura e umidade, para evitar danos físicos ao hardware.
d. Descarte Seguro de Equipamentos
- Destruição de Dados em Dispositivos: Adotar práticas seguras de descarte de hardware, como a destruição física de discos rígidos, antes de descartá-los ou doá-los.
Garantir que qualquer dado armazenado seja completamente apagado antes de equipamentos serem reutilizados ou descartados.
e. Segurança de Documentos Físicos
- Armazenamento Seguro de Documentos Sensíveis: Documentos físicos contendo informações confidenciais devem ser armazenados em cofres ou armários trancados, com acesso restrito.
- Política de Mesa Limpa: Incentivar a prática de “mesa limpa”, onde os colaboradores devem evitar deixar documentos sensíveis ou dispositivos expostos em suas estações de trabalho, especialmente ao fim do expediente.
3. Governança e Compliance
Além dos controles técnicos e físicos, a empresa deve estabelecer uma estrutura de governança para garantir que todas as práticas estejam alinhadas com as melhores práticas e regulamentações aplicáveis.
a. Políticas de Segurança da Informação
Criar e implementar políticas de segurança da informação que detalhem os procedimentos e responsabilidades para proteger os dados. Essas políticas devem ser revisadas e atualizadas regularmente.
b. Conformidade com Regulamentação
Assegurar que a empresa está em conformidade com leis e regulamentações de proteção de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil, a GDPR (General Data Protection Regulation) na União Europeia e outras legislações locais ou setoriais.
c. Auditorias e Avaliações de Risco
Realizar auditorias periódicas para identificar vulnerabilidades e garantir que os controles de segurança estejam funcionando de forma eficaz.
Avaliações de risco devem ser feitas para prever possíveis ameaças e ajustar as medidas de segurança conforme necessário.
Conclusão
Garantir a segurança da informação é uma prioridade inadiável para qualquer empresa que deseja proteger seus dados, reputação e operações.
No cenário atual, onde ataques cibernéticos são cada vez mais frequentes e sofisticados, a proteção de dados deve ser vista como um processo contínuo e estratégico.
Isso inclui não apenas a implementação de tecnologias adequadas, mas também a adoção de políticas de segurança e boas práticas em toda a organização.
No entanto, é comum que muitas empresas não tenham o conhecimento técnico necessário para lidar com todas as nuances da segurança da informação de forma eficaz.
Por isso, é altamente recomendável contratar uma empresa especializada, que traga a experiência necessária para identificar vulnerabilidades, implementar soluções de ponta e oferecer suporte em caso de incidentes.
Além disso, uma parte crucial desse processo é garantir a integridade e a disponibilidade dos dados, o que só é possível com uma solução de backup profissional.
O backup vai muito além de uma simples cópia de segurança; ele deve ser gerenciado por profissionais que assegurem que os dados sejam armazenados de forma segura, criptografada e facilmente recuperável em caso de desastres, falhas técnicas ou ataques cibernéticos.
Em resumo, iniciar imediatamente o processo de proteção, contando com especialistas e assegurando que no mínimo um backup profissional esteja em vigor, são passos essenciais para uma empresa que deseja manter seus dados seguros e sua operação funcionando de maneira resiliente, mesmo diante de possíveis ameaças.
Saiba que uma das medidas mais eficazes para proteger as informações e arquivos sensíveis da sua empresa é a adoção de estratégias de backup em nuvem, um sistema altamente seguro e eficiente na realização de cópias de segurança de arquivos da sua empresa.
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Com 30 anos de experiência acumulada, me especializei em tecnologia da informação, com foco em arquiteturas seguras para infraestruturas locais, em nuvem e híbridas. Acredito que o sucesso é construído em conjunto; o compartilhamento de ideias, visões e conhecimentos entre as pessoas é fundamental para impulsionar o crescimento, promover o aprendizado contínuo e desenvolver soluções mais eficazes e equilibradas.